Dani Balbi Comunicação
Basta de Violência na Política!

Aconteceu, ontem, em Buenos Aires um atentado a vice-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner. Um homem, armado com arma de fogo, apontou a mesma contra o rosto da vice-presidenta e, por sorte, a arma falhou na hora do disparo. A cena foi capturada em vídeo e já rodou o mundo. O homem, um brasileiro, foi detido.
Cristina é vítima de um processo que tem muitas similaridades (e aberrações jurídicas) com o lawfere que levou o ex-presidente Lula a passar 580 dias preso em Curitiba. Há algumas semanas, uma foto publicada pelo jornal Página 12 revelou que Diego Luciani, promotor responsável pela acusação à vice-presidenta, é membro do mesmo time de futebol, Liverpool, que o presidente do tribunal (e um dos juízes a cargo do processo), Rodrigo Giménez Uriburu. Time este que, recentemente participou de uma partida em propriedade do ex-presidente Mauricio Macri. Relações muito próximas que colocam em xeque a imparcialidade de todo processo.
Não tenho a intenção de instalar um tribunal moral ou de fazer teorias da conspiração sobre relações que o criminoso possa vir a ter. Quero afirmar que essa é mais uma violência contra mulher na política e mais um indício de que a violência política no geral passou de todos os limites e precisa ser sanada.
Aqui no Brasil, os casos de violência política são uma realidade dura com a qual temos que lidar. Meu companheiro de chapa, Oto da Fetagri, precisa de proteção para concorrer a eleição por ser ameaçados por grileiros em São Pedro da Aldeia, na região dos lagos. O tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu (PR), Marcelo Arruda, foi assassinado em sua festa de aniversário em crime que a polícia civil classificou como crime político.
E os casos são múltiplos Brasil afora. O tom de violência usado pelo atual mandatário da República ajuda muito a acirrar o clima de ódio que promove a violência. Quem não se lembra do discurso de “fuzilar a petralhada” promovido pelo então candidato Jair Bolsonaro no Acre? Semanas depois, em Salvador, o mestre capoeirista Moa do Katendê foi morto a facadas por um seguidor do candidato que confirmou o motivo político do crime. Essa propagação da violência precisa acabar!
Segundo pesquisa do Poder Data, para 42% dos brasileiros e brasileiras, os discursos do presidente Jair Bolsonaro estimulam a violência. Esse índice é baixo e reflete como a violência promovida pelo atual governo é naturalizada em diversos segmentos da sociedade. Mestre Moa, Marcelo Arruda e outras vítimas da violência política merecem que avencemos nesse debate e construamos uma cultura política que rechace esse tipo de discurso.
Construir uma política de paz, afeto e diálogo é um dos meus compromissos como candidata a deputada estadual e conto com todos e todas para, nessa caminhada, mudarmos a forma como se faz política em nosso país e nosso estado.