HIV, Sífilis e o combate ao aumento das ISTs entre jovens
O Sistema Único de Saúde (SUS) é uma grande conquista do povo brasileiro. Atendendo a mais de 190 milhões de pessoas é o maior sistema de saúde do mundo, um patrimônio da nossa gente. O Sistema enfrenta inúmeras dificuldades, sua implementação ainda requer ajustes para melhorar o atendimento à população, mas também possui suas áreas de destaque. Uma delas é combate ao HIV e às ISTs de um modo geral, uma área que precisa de mais atenção em virtude do momento.
Com os avanços da ciência, o HIV Aids não é mais uma sentença de morte como era visto há décadas atrás. Os números apontam para queda contínua dos casos no Brasil e no mundo em todos os segmentos, exceto na faixa etária dos 13 aos 25 anos, onde o aumento dos casos é um sinal de alerta. Além do HIV, a Sífilis é uma outra IST cujo aumento dos casos entre jovens merece atenção especial do nosso Sistema de Saúde. Números da Organização Mundial da Saúde apontam para mais de 12 milhões de infectados com Sífilis pelo mundo, a maioria sem ter sido diagnosticado ainda com a doença. No Brasil, o Ministério da Saúde registrou que os casos de sífilis saltaram de 3.936 casos em 2010 para 115.371 em 2020. Um número de casos 29 vezes maior em 10 anos.
Alguns especialistas apontam os avanços na luta contra o HIV como fator que diminuiu o uso de preservativos e, com isso, tentam explicar o aumento dos casos. O fato é que os números das ISTs tem aumento e a comunidade LGBTQIA+, especialmente nossa juventude, precisa tomar cuidados, fugir de estigmas e receber a devida atenção dos órgãos de prevenção.
Uma medida importante do SUS no combate, agora especialmente ao HIV, deve uma melhor divulgação e ampliação do alcance de programas como a PrEP e a PEP são medidas de comprovada eficácia para se combater a expansão do vírus que ainda são desconhecidas e estão restritas a uma parcela da população. Precisamos de campanhas que apresentem a PrEP/PEP para a sociedade e leve os programas a atender cada vez mais pessoas. A PrEP/PEP para todos, e não para poucos, é uma das bandeiras que carrego em minha campanha a deputada estadual. Acredito que quanto mais pessoas informadas e participando, mais avançaremos no combate às ISTs.
O melhor combate a uma IST se dá antes do contágio, evitando a infecção com informação e políticas públicas. Nesse sentido, o fortalecimento do SUS e as política de educação para prevenção nas escolas são fundamentais para conter o avanço de ISTs como a Sífilis e o próprio HIV. O SUS garante a testagem e tem que ter seus programas de prevenção e informação potencializados pelo estado. Nas escolas, nossa juventude precisa ser educada para as formas de se proteger de infecções sexualmente transmissíveis. Além de evitar infecções, as políticas de prevenção ajudam a se ter um diagnóstico precoce, o que aumenta as chances de tratamento eficaz.
Uma das razões que me faz ser candidata a Deputada Estadual é levar os programas de informação e combate às ISTs para as escolas e lutar pelo fortalecimento do SUS e seus trabalhadores. Nosso SUS pode ser cada vez melhor. Com todas suas contradições, foi fundamental no combate à Covid-19 e agora no enfrentamento à Monkeypox. E o SUS pode mais! Com o fim dos cortes promovidos por Temer e Bolsonaro e a retomada dos investimentos em Ciência, Tecnologia e Saúde, nosso Sistema poderá ser cada vez melhor para atender a milhões de brasileiros e brasileiras.
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