Monkeypox: Informação, Prevenção e a necessidade de derrotar o negacionismo

O mundo ainda não superou a Covid-19, que segue matando ao redor do planeta, e recentemente a Organização Mundial da Saúde (OMS) lançou mais um alerta de emergência de saúde global: a Monkeypox, conhecida também como Varíola dos Macacos. A doença teve seu primeiro caso registrado no Brasil em 29 de julho, no estado de Minas Gerais e ontem, em Campos dos Goytacazes (RJ), teve seu segundo óbito confirmado, um homem de 33 anos que apresentava comorbidades antes de ser infectado.

Por mais que seja um vírus de baixa letalidade, a Monkeypox chama atenção pela sua velocidade de contágio e pela repetição de práticas ineficazes e lgbtfóbicas na tentativa de controle da enfermidade. Informação sem preconceito é passo importante para controlar a doença que, por informações iniciais, tem entre os mais afetados até o momento homens gays e bissexuais. Mais afetados, porém não exclusivamente afetados.

A estratégia de isolar a comunidade gay para conter um vírus já se mostrou ineficaz e geradora de preconceitos com o combate ao HIV nos anos 80/90. É preciso um trabalho sério para combater a Monkeypox e poreger não apenas a comunidade LGBTQIA+, mas a sociedade como um todo.

Para começar, o combate à Monkeypox deve ser feito com investimentos em testagem e em desenvolvimento científico. No Brasil de Bolsonaro, as bolsas de pesquisa científica seguem sucateadas, tal qual as instituições de Ciência e Tecnologia. Mesmo assim, a Fundação Oswaldo Cruz, orgulho do Brasil e do Rio de Janeiro, conseguiu isolar o vírus e segue trabalhando em avanços no tema.

Ninguém pega Monkeypox por ser homossexual, a transmissão da doença é feita através de contato próximo com infectados, seja por gotículas de saliva ou outros fluidos compartilhados. A infecção também pode ocorrer no contato com objetos recentemente contaminados, como roupas, toalhas, roupas de cama, ou objetos como utensílios e pratos, que foram contaminados com o vírus pelo contato com uma pessoa doente.

Informar sem gerar preconceitos é o caminho para uma política de prevenção eficaz.

Os principais sintomas da doença são erupções cutâneas/lesões de pele, linfodonos inchados (íngua), febre, dor de cabeça, calafrios e faqueza. Após contato com vírus, os primeiros sintomas podem surgir entre 3 e 16 dias. Após a manifestação de sintomas como erupções na pele, o período em que as crostas desaparecem, a pessoa doente deixa de transmitir o vírus a outras pessoas.

Se você achar que tem sintomas compatíveis de monkeypox, procure uma unidade de saúde próxima para avaliação e informe se você teve contato próximo com alguém com suspeita ou confirmação da doença. Se possível, isole-se e evite contato próximo com outras pessoas. Higienize as mãos regularmente e siga as orientações para proteger outras pessoas da infecção.

Para se prevenir deve-se evitar contato direto com pessoas com suspeita da doença. Em caso de necessidade, o uso de máscaras, luvas e óculos de proteção são fundamentais. Lavar regularmente as mãos com água e sabão ou álcool em gel. Também é fundamental higienizar sempre toalhas, roupas, lençóis, escovas de dente, talheres e outros itens que possam ter sido utilizados por pessoas infectadas.

É com informação, ciência e sem preconceitos que superaremos mais essa emergência global. Aqui no Brasil, sofremos muito com a pandemia da covid-19 e poderíamos sofrer bem menos com um governo que não fosse inimigo da ciência. Não podemos mais correr o risco de negacionistas à frente de toda estrutura de saúde, ciência e tecnologia do Brasil. Eleger uma banca forte da Ciência é fundamental nesse processo e, por isso, apresentei minha candidatura a deputada estadual.

Vamos, juntos, construir uma nova realidade para a ciência e tecnologia no Brasil e em nosso estado. Ao lado de Lula e Freixo vamos fortalecer nossas universidades e entidades como a Fiocruz, ampliar as bolsas de pesquisa científica, valorizar os profissionais da saúde, ciência e tecnologia e, acabar com o negacionismo que tantas vidas nos custou durante o auge da Covid-19!

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