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  • Foto do escritorDani Balbi Comunicação

Não tá tudo bem, Ifood!


As relações trabalhistas entre de plataformas como Ifood, Uber, entre outras, tem sido alvo de grandes debates em diversas esferas. São problemáticas no sentido que buscam não configurar relação de trabalho entre os “colaboradores” e as empresas e tem sido alvo de diversas derrotas Brasil afora. No entanto, nem com os revés judiciais, as plataformas humanizam suas relações de trabalho e o caso do Yago de Souza Fontes supera todos os limites do absurdo.

Yago faleceu em 15 de maio, em um acidente de moto quando fazia entregas para a plataforma. Mais de três meses depois do acidente, no entanto, sua família ainda não teve acesso a nenhum dos direitos prometidos pelo Ifood. Não viram nem um centavo da verba de auxílio-funeral ou do seguro de vida que a plataforma anunciava aos seus “parceiros” um mês antes do acidente.

Tentando justificar o injustificável, a plataforma alegou que o “entregador parceiro” “entregador parceiro” utilizava uma conta “com parte dos dados cadastrais atribuídos a terceiros” e isso inviabilizava o acesso aos benefícios prometidos. O fato, no entanto, é contestado por juristas especialistas na área pois é fruto de uma ilegalidade promovida pela própria empresa, que exclui ou bloqueia arbitrariamente e sem direito de defesa seus supostos parceiros. Uma conduta que já sofreu condenações por parte da justiça brasileira.

Dias depois do acidente, o Ifood enviou mensagens para a conta de Yago perguntando se estava tudo bem e, posteriormente excluindo a conta por “má conduta”. Fico na dúvida sobre qual é a má conduta que deveria gerar uma punição. Seria a má conduta do Ifood com relação ao auxílio-funeral não pago? A má-conduta em não prestar apoio psicológico pra família do “parceiro”? A má-conduta de não intervir para o devido pagamento do seguro de vida? A má-conduta repetida diversas vezes em não dar direito de defesa para seus bloqueios e exclusões de trabalhadores?

O legislativo brasileiro precisa dialogar com entregadores e motoristas de aplicativos. É preciso que os direitos dessas categorias sejam assegurados pelo Estado que não pode permitir que situações como a de Yago se repitam. Garantir direito e o vínculo entre os trabalhadores e as plataformas que lucram às custas do serviço por eles prestado é um dever do legislativo brasileiro. Como candidata a deputada estadual, me comprometo a escutar e encaminhar as demandas dessas categorias na Alerj, bem como me solidarizo com a família de Yago e de todos aqueles que de alguma forma foram vítimas de acidentes de trabalho enquanto atuavam em plataformas como Ifood e similares.


#ifood #direitostrabalhistas #trabalhadores #entregadores

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