Dani Balbi Comunicação
Pelo fim do genocídio da juventude negra! Em defesa da vida dos nossos jovens!
Atualizado: 9 de set. de 2022

Ontem falei sobre a independência do Brasil e como ela não representou a inclusão das pessoas negras no projeto de Nação, hoje volto a tocar na questão do povo negro e o estado brasileiro. Hoje falo sobre nossa juventude e a violência nas favelas do Rio de Janeiro. Não incluídos no projeto de Nação desde a declaração de independência em 1822, nossa juventude ainda sofre com a falta de inclusão do Estado. Empurrados para as periferias e altos de morros por uma Nação que não nos destinava educação, saúde, emprego e políticas públicas em geral, sofremos ainda com um estado cujo aparatos de segurança identificam no jovem pobre preto e favelado um inimigo a ser combatido.
Com mais de 1.440 óbitos, o Rio de Janeiro foi campeão nacional de mortes em ações policiais durante a pandemia. Mais de 85% das mortes nessas operações foram de pessoas pretas. Se o recorte for apenas a capital, o índice de pessoas pretas mortas em ações policiais chega a 90%. O mesmo estado brasileiro que quando aboliu o trabalho escravo buscou imigrantes para ocupar nossos postos de trabalho, segue executando a população negra com ausência de políticas públicas e violência policial.

Seja no Salgueiro, em São Gonçalo, seja no Jacarezinho, na capital, as operações policiais nas favelas continuam a produzir jovens mortos, mães em sofrimento e famílias devastadas. Dados divulgados pela Rede dos Observatórios de Segurança colocam o nosso estado como estado com maior número de pessoas pretas mortas em ação policial ao longo do ano passado: 415 mortos. Um número que aponta para uma pessoa preta morta a cada 4 horas em ações policiais.
É preciso mudar essa realidade. Combater o racismo e todas as formas de violência contra a o população negra é um dos meus compromissos como candidata a deputada estadual. Como mulher, preta e trans sei na pele o que é enfrentar diversas formas de violência e preconceito da nossa sociedade. Até me tornar a primeira doutora, e posteriormente primeira professora, trans da UFRJ muitas batalhas foram vencidas. É com a experiência das minhas vivências e todo o acúmulo das lutas dos movimentos das mulheres, do movimento negro, do movimento LGBTQIA+ que vou lutar na Alerj por uma política inclusiva, que valorize a vida da nossa juventude preta e que lute por melhorar a vida das pessoas nas periferias e favelas de todo estado do Rio de Janeiro.
Vamos construir campanhas educativas antirracistas e em defesa da diversidade sexual e religiosa nas escolas, universidades e na capacitação interna do poder público e das forças de segurança. Combater com muita fiscalização e empenho o racismo institucional em todos os 3 poderes e, em especial, nos aparatos de repressão. Criar projetos culturais e ambientais para nossas favelas e periferias, investir na capacitação de jovens para atuação no mercado de trabalho e estimular a economia criativa. Não aceito e nunca poderemos aceitar que apenas as secretarias de segurança pública entre nas favelas, precisamos de saúde, educação, cultura e todo tipo de políticas públicas para emancipar nosso povo.
Precisamos incluir pretos e pretas no projeto de Nação
Defender a vida do povo preto é uma bandeira importante, mas precisamos de mais! Precisamos que o Brasil inclua o povo preto dentro do seu projeto de Nação. É urgente mais gente preta ocupando todos os espaços de poder. Precisamos de Juízes, advogados, médicos, prefeitos, governadores, jornalistas, ministros, precisamos de pretos e pretas em todos os espaços.
Fui a primeira doutrora trans da UFRJ, me tornei a primeira professora trans da mesma universidade. Nessa eleição luto para ser a primeira deputada estadual trans da Alerj. Aprendi, desde o começo da minha vida no Engenho da Rainha, que a educação é uma grande ferramenta de transformação e quero que pessoas como eu, que enfrentaram tudo que enfrentei, saibam que podem ocupar qualquer espaço que desejam! Com seu voto, vamos levar educação, cultura, emprego e respeito para as favelas e periferias do Rio de Janeiro. Vamos colocar a favela dentro do orçamento do estado e lutar pela vida dos nossos jovens.
É com essa luta que quero entrar na Alerj. A gente pode muito mais, o Rio de Janeiro pode muito mais! Vamos ocupar a ALERJ com diversidade, negritude, educação e cultura! Vamos pintar a Alerj de povo! Vamos fazer história, elegendo gente preta, elegendo a primeira mulher trans deputada estadual da Alerj e, com Lula e Freixo mudar os rumos do Rio de Janeiro! Conto com vocês nessa jornada!
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