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  • Foto do escritorDani Balbi Comunicação

Precisamos cuidar da Saúde Mental de Pessoas Trans


Saúde mental é um problema sério e um os grandes desafios do nosso SUS para a atualidade. Quando fazemos o recorte para analisar a questão dentro do universo das pessoas trans, vemos que o assunto é de grande gravidade. O Brasil ocupa a 8ª posição no ranking de países com maior incidência de suicídios, superando o número de 12 mil casos por ano e uma das causas mais recorrentes de mortes entre travestis, mulheres transexuais homens trans.


Relatório “Transexualidades e Saúde Pública no Brasil”, do Núcleo de Direitos Humanos e Cidadania LGBT e do Departamento de Antropologia e Arqueologia da UFMG, revelou que 85,7% dos homens trans já pensaram em suicídio ou tentaram cometer o ato. A ONG estadunidense National Gay and Lesbian Task Force assinala que 41% das pessoas trans já tentaram suicídio nos EUA em algum momento, contra 1,2% da população cisgênerx (aquela que não é trans). Estima-se que 42% da população Trans já tentou suicidio. Pesquisa da Universidade de Columbia nos Estados informa que o índice de suicídio é 5 vezes mais frequente entre LGBT. Esses números não podem ser ignorados pelo Estado.

As políticas de saúde para população LGBTQIA+ não podem se limitar ao combate às ISTs. É preciso de atendimento qualificado voltado para a saúde mental da comunidade que convive, diariamente, com diversas violências ao seu direito de existir. O Sistema Único de Saúde já aponta para isso desde 2011, quando em sua portaria 2.836 colocou como um dos objetivos do SUS a redução dos “problemas relacionados à saúde mental, drogadição, alcoolismo, depressão e suicídio entre lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, atuando na prevenção, promoção e recuperação da saúde”.

Não podemos aceitar o mito de que a transexualização em si é um fator gerador de qualquer questão de saúde mental. A origem dos problemas está na violência diária que sofremos por ser quem somos. A violência na dificuldade para se usar o nome social, a violência para usar o banheiro de acordo com nossa identidade de gênero, a violência da não-aceitação de quem somos por parentes, amigos e da sociedade como um todo. Grande parte do nosso sofrimento psíquico vem da discriminação que existe nos equipamentos de saúde, na educação e na própria família e por isso precisamos combater a transfobia em todos os espaços.

O Brasil não pode negar tratamento específico e de qualidade a um grupo com prevalência de 42 a 46% de tentativas de suicídio, comparado a 4,6% da população em geral. Como candidata a deputada estadual assumi o compromisso de lutar pelos direitos da população trans e vou lutar por uma política de apoio psicológico e de saúde mental específica para o segmento. Combater a transfobia se faz com informação, educação, legislação e, também, com políticas de saúde e atendimento humanizado!


#Saude #SUS #SaudeMental #Trans #Transexualidade #Transfobia #LGBTQIA

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